Resumo A proposta do texto é apresentar e discutir táticas de resistências corporais acionadas por pessoas presas em uma penitenciária feminina no esforço cotidiano de viver na/à prisão. Posto que o confinamento serve a políticas governamentais de controle e gestão populacional, cujas disposições buscam cercear ou, no limite, exterminar as formas de vida daqueles aprisionados, o presente texto chama atenção para as táticas mobilizadas através do corpo para comportar a vida entre grades. Seja pela escrita, seja pela escarificação da pele, ou pela medicalização psiquiátrica, essas inscrições aparecem como táticas de resistência às tentativas de apagamento da pessoa aprisionada.
Abstract This article discusses the tactics of corporal resistance exerted by people imprisoned in a female penitentiary, in their daily efforts to live in prison. Since confinement serves government policies of population control and management, seeking to curtail, or, at the limit, exterminate the life forms of those imprisoned, the article draws attention to the tactics enacted through the body in order to conduct life behind bars. Whether through scarification of the skin or psychiatric medicalization, these bodily inscriptions appear as signs of resistance and ways to subvert the erasure and normalization of the imprisoned subject.
Resumen El propósito del texto es presentar y discutir las tácticas de resistencia corporal desencadenadas por personas encarceladas en una penitenciaria femenina en el esfuerzo diario de vivir encarceladas. Dado que el confinamiento sirve a las políticas gubernamentales para el control y la gestión de la población, cuyas disposiciones buscan reducir o, al límite, exterminar las formas de vida de los encarcelados, este texto llama la atención sobre las tácticas movilizadas a través del cuerpo para acomodar la vida entre rejas. Ya sea por escrito, escarificando la piel o por medicalización psiquiátrica, estas inscripciones aparecen como tácticas de resistencia a los intentos de borrar a la persona encarcelada.